Rua da Paisagem, 220 – Vila da Serra BH / MG
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” Todos nós consideramos a leitura como uma habilidade “natural” e automática porque a realizamos sem esforço algum. Entretanto para muitas crianças e adultos o ato de ler é um verdadeiro pesadelo e esta é a realidade para 10% a 15% da população…”
A Síndrome de Irlen pode afetar qualquer indivíduo, inclusive os bons leitores, porém a severidade dos sintomas e suas manifestações podem variar de acordo com vários fatores, como por exemplo, a presença de alguma comorbidade, que normalmente são relacionados com a sensibilidade à luz e má percepção espacial.
A abordagem através da metodologia Irlen vem sendo usada e referendada há mais de 30 anos em milhares de escolas pelo mundo; seja pela aplicação de overlays ou dos filtros.
Portanto, Quem pode ser beneficiado com a Metodologia Irlen?
A:Problemas de leitura ligados à Síndrome de Irlen usualmente são resultantes da incapacidade do cérebro em compreender com precisão e processar a informação visual, não sendo justificados somente por déficits na fonética ou por um vocabulário fraco. Esses problemas ocorrem mais frequentemente em condições de iluminação fluorescente e em uma leitura com contraste preto/branco. Pela presença de distorções a leitura pode ser lenta e ineficiente levando o indivíduo a saltar palavras ou linhas, realizar releituras, e/ou ter uma má compreensão.
É válido lembrar que a A Síndrome de Irlen pode não ser a única razão para dificuldades de leitura, havendo vários outros fatores complicadores deste processo.
Muitos indivíduos, principalmente crianças e adolescente desatentos, ansiosos, agitados e que demonstram desmotivação são tidos erroneamente como TDA/TDAH, quando na verdade são portadores apenas de Síndrome de Irlen. Em outros casos, os indivíduos apresentam comorbidade entre Síndrome de Irlen e TDAH e o tratamento consiste no uso dos Filtros Irlen, além de medicação, porém ao utilizar os filtros, com a melhora da sintomatologia, em muitos casos há redução da necessidade de medicação para manter-se concentrados e atentos.
Quer saber mitos e fatos a esse respeito?
Mito: Inquietação e impulsividade sempre indicam a necessidade de medicação.
Fato: Outros problemas também podem causar esses mesmos comportamentos incluindo as sensibilidades a alimentos, alergias, dificuldades de aprendizagem, problemas de leitura, e Síndrome de Irlen.
Mito: Dificuldade de concentração e em permanecer na mesma tarefa indica a necessidade de medicação.
Fato: Dificuldades com leitura e aprendizagem relacionados à Síndrome de Irlen também podem causar esses mesmos comportamentos. Se a tarefa provoca sintomas físicos, como dores de cabeça, sonolência ou faz os olhos arderem, a medicação não pode ser a resposta ou ser apenas parte da resposta. O Método Irlen pode fazer com que a leitura e outras tarefas acadêmicas sejam menos frustrantes e mais confortáveis. Não negligencie a investigação de outras causas para os problemas acadêmicos.
Se você acha que suas dores de cabeça e enxaquecas são causadas pelo estresse, o Método Irlen pode ser capaz de te ajudar, já que ele elimina fatores ambientais que podem desencadear esse estresse, além de auxiliar na hipersensibilidade a luz, outro causador da sintomatologia em questão.Porém dores de cabeça podem indicar doenças mais graves como: aneurisma, tumor cerebral, derrame, meningite, encefalite, ou pressão arterial elevada. Se você tiver qualquer dúvida sobre a causa de suas dores de cabeça ou enxaquecas, contacte o seu médico para descartar essas possíveis causas.
Outras causas de dores de cabeça:
Para muitos, um traumatismo crânio-encefálico (TCE) pode resultar danos ao cérebro, tornam-do os indivíduos vulneráveis a fatores estressantes externos como a sensibilidade à luz, brilho, contraste, cores e geram uma incapacidade de manter a atenção e concentração, que por conseqüência acaba por afetar diversas áreas cerebrais, tais como: área física, área cognitiva e área emocional. A correta filtragem dos comprimentos de onda da luz geradores desse estresse (hipersensibilidade), através da Metodologia Irlen permite que o cérebro em um padrão normal. Com o retorno do bom funcionamento cerebral, os relatos:
A maioria das mudanças ocorre dentro de um curto período de tempo, porém os relatos indicam uma melhora contínua após os ganhos iniciais.
É possível que muitos portadores de Síndrome de Irlen estejam sendo considerados e tratados como tendo outras patologias, como comumente ocorre com a Dislexia ou Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) pela falta de conhecimento sobre os efeitos da hipersensibilidade à luz no processamento e qualidade da informação visual e porque tais patologias possuem características em comum. É lamentável que isto ocorra porque muitos dos sintomas têm abordagem direta, objetiva e não invasiva, sendo que nas formas puras, não requerem uso de medicamentos, mas sim apenas ajustes ambientais.
É importante ressaltar que muitos pacientes que apresentam outras patologias associadas com a SI, mesmo com a identificação e o tratamento desta e conseqüente eliminação dos sintomas, pode precisar de medicação e/ou apoio especializado a respeito dessas comorbidades.
O Programa Bom Começo foi elaborado inicialmente como um projeto de monitoramento e acompanhamento da saúde da criança na escola dedicado à prevenção, diagnóstico precoce e reabilitação de déficits visuais e auditivos. Seu principal motivador foi a alta incidência de patologias ligadas à visão e à audição que comprometem direta ou indiretamente a aprendizagem, levando, na maioria dos casos, ao abandono escolar.
As primeiras iniciativas resultantes no Programa Bom Começo nasceram da atuação da Fundação Hospital de Olhos (FHO), que desde o início de suas atividades em 1986, atua na promoção da saúde visual em escolas e empresas do interior e da capital, trabalhando em conjunto com associações, clubes sociais e governos.
Em 2009, a Fundação Hospital de Olhos e o Laboratório de Bioengenharia (Labbio) da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), fundaram o Laboratório de Pesquisa Aplicada à Neurovisão (LAPAN) com o objetivo de desenvolver novas tecnologias para identificação e intervenção nos distúrbios de aprendizagem relacionados à visão, sendo este o único laboratório da UFMG localizado fora do Campus. Seu foco de atuação está na pesquisa básica (desenvolvimento de metodologias e equipamentos em Neurovisão), pesquisa clínica (validação e padronização da tecnologia desenvolvida) e pesquisa aplicada (extensão do conhecimento produzido em laboratório para a população).
O LAPAN, atualmente, possui projetos financiados por agências de fomento à pesquisa e desenvolvimento de tecnologia, como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
A união da experiência da Fundação HOlhos em ações com foco na promoção da saúde visual com os trabalhos de desenvolvimento de novas tecnologias pelo LAPAN resultaram na criação do conceito do Programa Bom Começo, como um programa de apoio à gestão e ao desenvolvimento da criança na escola.
O Programa Bom Começo consiste atualmente em um conjunto de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde para os setores de Educação e Saúde com o objetivo de enfrentar as vulnerabilidades que comprometem o aprendizado das crianças e adolescentes em idade escolar. Busca ainda estabelecer, de maneira colaborativa, uma relação entre família, escola, e gestores públicos e privados em prol do bem estar da comunidade escolar.
O Programa visa ainda criar oportunidades não somente para instituições públicas de ensino como também para o setor privado. Por meio da instrumentalização e sistematização das informações referentes à saúde e educação, torna-se possível a qualificação das políticas públicas nos locais onde o mesmo é implementado. Apesar de no Brasil já existirem políticas públicas destinadas à criança e ao adolescente com aplicação na escola, como é o caso do Programa Saúde na Escola (PSE), tais estão focadas em aspectos já conhecidos e disseminados sobre saúde da criança, o que impossibilita o diagnóstico de causas e de melhores tratamentos para déficit de aprendizagem ou de desenvolvimento.
É importante salientar que o Programa Bom Começo é único no Brasil ao aferir e monitorar ao mesmo tempo saúde e desenvolvimento do aluno, buscando interseção de variáveis biológicas, ambientais e socioeconômicas, além de contar com a vantagem de seus exames já terem parâmetros de normalidade padronizados e validados, podendo ser adotado como uma política contínua e integrada da educação e da saúde.
Para mais informações, acesse o site www.bomcomeco.com
Em Maio de 2015 realizamos do dia 20 a 22 a XXIV Edição do Curso de Distúrbios de Aprendizagem Relacionados à Visão.
A turma capacitada foi formada por cerca de 90 profissionais provenientes dos Estados: Maranhão, Santa Catarina, Pernambuco, Piauí, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Roraima, Mato Grosso do Sul e Tocantins. Dentre eles, oftalmologistas, professores, psicopedagogas, psicólogos, fonoaudiólogos e ortoptistas aprenderam a compreender porque ler pode ser tão difícil, a identificar as disfunções e déficits de aprendizagem relacionados à visão e a intervir precocemente, aplicando a metodologia Irlen para ajudar as pessoas que possuem a Síndrome.
O curso contou com aulas do Prof. Dr. Ricardo Guimarães e da Profª Dra. Márcia Guimarães, além de convidados renomados, como a Doutoranda e Fisioterapeuta Profª Claudia Diniz, membro da Equipe de Neurovisão do HOlhos; o Me. Douglas Vilhena, do Laboratório de Pesquisa Aplicada à Neurovisão; a Profª Dra. Maria Amin e a psicopedagoga Heloisa Mara Campos, ambas da clínica Vias do Saber; a Psicopedagoga Profª Suely Mesquita e as Screeners Leila Landgraf e Sávia Orlandol, que compartilharam suas experiências Screeners da Síndrome de Irlen.
Confira fotos do evento em nosso álbum e se programe para fazer parte dessa Rede de Profissionais em nosso próximo Curso DARV.
Em 2014 a Fundação Hospital de Olhos promoveu a 22ª e a 23ª edições do Curso de Distúrbios de Aprendizagem Relacionados à Visão (DARV) – Síndrome de Irlen, respectivamente em Março e em Outubro. Através das duas edições capacitamos mais de 180 profissionais da Saúde e da Educação (Oftalmologistas, Neurologistas, Psiquiatras, Psicólogos, Fonoaudiólogos, Professores, Terapeutas Ocupacionais, Psicopedagogos, Gestores Educacionais, Fisioterapeutas, dentre outros), provenientes de vários Estados brasileiros, como Minas Gerais; São Paulo; Rio de Janeiro; Espírito Santo; Paraná; Ceará; Paraíba; Santa Catarina; Distrito Federal; Natal; Recife; Alagoas; Bahia; Pará;Rio Grande do Sul; Maranhão e até Acre.
Conferimos à Rede Marista de Ensino o título de “ESCOLA PARCEIRA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE COM DISTÚRBIO DE APRENDIZAGEM”, como reconhecimento público por seu relevante envolvimento na capacitação de seu corpo de gestores em nosso XXII Curso DARV, que contou com brilhante palestra do Prof. Cláudio de Moura Castro.
Hoje estamos presentes em 25 Estados brasileiros, somos 5.144 profissionais capacitados a cerca da Síndrome de Irlen, dentre os quais 1.910 são Screeners.