Rua da Paisagem, 220 – Vila da Serra BH / MG
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Segundo Ohlweiler (2006), a base da aprendizagem se concentra nas modificações que o sistema nervoso central (SNC) sofre durante a recepção de novas informações. Como descreve Riesgo (2006) quando chega no SNC uma informação conhecida, ela gera uma lembrança, que nada mais é do que uma memória; quando chega no SNC uma informação inteiramente nova, ela nada evoca e, sim produz uma mudança, isso é aprendizado, do ponto de vista estritamente neurobiológico.
As dificuldades de aprendizagem são consideradas obstáculos à aquisição de novos comportamentos e podem ser devidas a fatores neurobiológicos, sociais. As dificuldades de aprendizagem causadas por alterações genéticas no SNC são caracterizados como transtornos de aprendizagem.
Os transtornos de aprendizagem vem sendo cada vez mais estudados, visto que podem ser obstáculos ao sucesso profissional que está diretamente ligado às habilidades acadêmicas. Existem discrepâncias entre autores sobre a conceitualização e classificação dos chamados transtornos de aprendizagem.
Assim Ohlweiler (2006) define que os transtornos de aprendizagem compreendem uma inabilidade específica, como de leitura, escrita ou matemática, em indivíduos que apresentam resultados significativamente abaixo do esperado para seu nível de desenvolvimento, escolaridade e capacidade intelectual.
Selikowitz (2001), descreve as dificuldades de aprendizagem como uma condição inesperada, que ocorre em uma criança de inteligência média ou superior, caracterizada por um atraso significativo em uma ou mais áreas de aprendizagem.
A dislexia, que é um transtorno de leitura, é o transtorno mais freqüente e cuja reabilitação é mais trabalhosa e também passa por dificuldades semelhantes de conceitualização e classificação.
Já o DSM-IV-TR (2000), conceitua o transtorno da leitura como:
rendimento em leitura substancialmente inferior ao esperado para a idade cronológica, inteligência e escolaridade do indivíduo.
A sensibilidade do sistema visual a certos comprimentos de onda provoca distorções no processamento pós-retiniano, fazendo com que os impulsos elétricos cheguem ao córtex cerebral em momentos distintos, com perda da qualidade da interpretação visual caracterizando uma desorganização no processamento cerebral das informações recebidas pelo sistema visual (Irlen, 1987). A SSE afeta 12 – 14% da população geral (Irlen, 1987), pessoas de todas as idades, com inteligência normal ou superior à média. O diagnóstico é realizado utilizando-se questionários e provas que mensuram e qualificam o processamento visual central. Ao final dos testes é feita a prescrição dos filtros seletivos para os óculos e/ou de transparência para a filtragem espectral seletiva.
As transparências são utilizadas para as atividades de leitura proporcionando melhora na velocidade, fluência, compreensão e tolerância à manutenção da atenção e foco por tempo prolongado.
Dessa forma nosso objetivo foi investigar as tonalidades das transparências mais selecionadas pelos pacientes.
Guimarães, R. Q. ;
Guimarães, M. R. ;
Faria, L. N.;
Pinotti, M.;
Guerra L. B.;
Soares, F. C.
Referncias Bibliogrficas:
American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002.
FRANÇA,M.; MOOJEN, S. Dislexia: visão fonoaudiológica e psicológica. IN:
Transtornos da aprendizagem, abordagem neuobiológica e multidisciplinar.
ROTTA,N.T; OHWEILER.L; RIESGO,R.S. Porto Alegre: Artemed, 2006.
SALLES, J. F.; PARENTE, M. A. M.P.; MACHADO, S. S. As dislexias de desenvolvimento: aspectos neuropsicológicos e cognitivos. Interações, jun. 2004, vol.9, no.17, p.109-132. ISSN 1413-2907.
IRLEN, H. Scotopic Sensitivity/Irlen Syndrome – Hypothesis and Explanation
of the Syndrome. Journal of Behavioral Optometry, v.5,p. 62-65, 1997.
IRLEN, H. Irlen Differential Perceptual Schedule. Long Beach, California:
Perceptual Development Corporation, 1987.