Rua da Paisagem, 220 – Vila da Serra BH / MG

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I Simpósio Nacional de Screeners – Outubro de 2009

O I Simpósio Nacional de Screeners: Visão, Cognição e Educação, organizado pela Fundação Hospital de Olhos, aconteceu nos dias 1, 2 e 3 de outubro. Estavam presentes oftalmologistas, psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos, terapeutas ocupacionais, orientadores educacionais, ortoptistas e professores para aprofundar as discussões a respeito dos distúrbios de aprendizagem relacionados à visão.

No primeiro dia do evento, foi realizado o Curso Pré-Simpósio, ministrado pelo professor Vicente Martins, que abordou vários aspectos dos distúrbios de aprendizagem. O professor falou aos participantes sobre as correlações entre Dislexia e Visão por meio de casos de alunos com dificuldades de leitura e escrita.

Os participantes mostraram satisfação com o tema e conteúdo apresentado pelo professor Vicente Martins, como ressalta a professora de Língua Portuguesa e participante do 1º, 5º e 6º Cursos de Dislexia de Leitura, Maria Regina Vieira. “Só tem a acrescentar, tanto como Screener como para a profissão. Gosto muito da maneira do Professor falar (…) de aproximar os exemplos com o conceito, uma maneira muito boa para as pessoas compreenderem um conteúdo novo”.

O segundo dia foi marcado pela abertura oficial do evento, contando com a presença de 8 palestrantes. Dra. Márcia Guimarães abriu o I Simpósio apresentando as atualidades em Síndrome de Irlen. Em seguida, os palestrantes Vicente Martins, Lívia de Castro Magalhães, Leonor Guerra, Cláudia Diniz e Lucília Panisset abordaram assuntos como a importância da integração sensorial, da Neurovisão e da Neurociência na educação, demonstrando a transdisciplinariedade dos distúrbios de aprendizagem.

Para finalizar o dia, o convidado ilustre Cláudio de Moura Castro proferiu a palestra “Conversando sobre Educação”. Com mais de 35 livros publicados e diversos artigos veiculados em revistas e jornais, o professor contribuiu para o sucesso do primeiro dia de Simpósio.

No terceiro dia de encontro, Suely Mesquita, Maria Amin, Patrícia Hilar Pôças se apresentaram, mostrando avaliações e métodos para se detectar distúrbios de aprendizagem. O oftalmologista João Marcelo Lyra palestrou direto de Maceió, por videoconferência, explicando o processamento visual no cérebro e o potencial da “Neuroadptação” para os pacientes com distúrbios de aprendizagem. Pela câmera, o oftalmologista falou sobre as características da visão que vão além da identificação de letras pretas no fundo branco.

O engenheiro Fabrício Soares apresentou o tema “A interdisciplinaridade como ferramenta no diagnóstico precoce de deficiências sensoriais”, ressaltando a parceria entre Fundação Hospital de Olhos, UFMG e o Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães para a criação do Laboratório de Pesquisas aplicadas à Neurovisão (LAPAN). Segundo o palestrante, a engenharia pode trazer grandes benefícios para a medicina, na medida em que desenvolve instrumentos de diagnóstico e identificação.

O I Simpósio Nacional de Screeners: Visão, Cognição e Educação foi finalizado com o Curso Pós-Simpósio: “Neurovisão e Aprendizado”, com o Dr. Ricardo Guimarães. Apresentando simples exemplos para explicar termos técnicos, o oftalmologista pôde explicar importantes conceitos de sua especialização, que estão interligados às dificuldades de aprendizado. Professores, pedagogos, psicólogos, entre outros participantes interagiram apresentando casos, tirando dúvidas e discutindo sobre a conexão entre disciplinas no processo de aprendizagem.

O nome “simpósio” tem suas origens gregas e significa “banquete”. Ao explicar essa definição, o professor Vicente Martins comparou sua satisfação com o I Simpósio Nacional de Screeners: Visão, Cognição e Educação à raiz da palavra. “A iniciativa pioneira dos doutores Márcia e Ricardo Guimarães de oferecer, à comunidade um Simpósio é uma oportunidade singular, em nosso país, de elevar a leitura e a dislexia a uma questão de educação e saúde públicas. É um evento que deve, doravante, estar na agenda nacional de educadores, médicos, pais e disléxicos”, conclui.

 

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