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Curso de Distúrbios de Aprendizagem Relacionados à Visão em SP – Outubro de 2012

 

Impactos dos distúrbios visuais na aprendizagem. Por que ler pode ser tão difícil?

O que fazer com um filho que está indo mal na escola? Que pede para ir ao banheiro quando é chamado pela professora para ler em voz alta? Ou que cobre os olhos para minimizar o reflexo da luz sobre o livro? Enquanto pais e professores acreditam que o aluno está sem motivação para estudar, médicos de Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães mostraram, durante curso de distúrbios de aprendizagem relacionados à visão, realizado nos dias 01,02 e 03 de dezembro em São Paulo, que o problema pode ser muito mais sério. Trata-se de um distúrbio não captado pelo teste de acuidade visual realizado por oftalmologistas, caracterizado como uma deficiência de aprendizado conhecida como dislexia de leitura ou síndrome de Irlen.

O curso contou com mais de 50 inscritos e capacitou professores, psicólogos, fonoaudiólogos e pais a identificar o distúrbio e lidar com o problema. A Síndrome, que atinge mais de 17% da população brasileira, é uma hipersensibilidade à luz que causa distorções visuais que interferem na maneira como a pessoa percebe e processa letras, números e símbolos.

Silmara Martins, psicóloga, não conseguia entender a dificuldade da filha Bianca, de 12 anos, para realizar leituras. Depois de quase três anos sem respostas e acreditando que a filha tinha preguiça e falta de disciplina para aprender, ela conheceu uma profissional habilitada pelo Hospital de Olhos, que diagnosticou a Síndrome de Irlen. Encaminhada para o Hospital de Olhos de Minas Gerais, Bianca passou por uma série de testes oftalmológicos e de rastreamento ocular, onde foi identificado o grau de eficiência da leitura. Quando começou a tratar e bloquear as distorções, a criança teve uma melhora imediata em suas leituras, além da motivação e autoestima recuperadas, o que refletiu em seu desempenho escolar. “Ela não se queixa mais de fotofobia e dores de cabeça e até deu uma aula sobre a síndrome na escola para os coleguinhas. Me senti muito mal por não acreditar que a dificuldade realmente existia”, afirma Silmara.

O curso faz parte do projeto Bom Começo, que teve início em 2009, e já capacitou mais de 4.600 profissionais da saúde e da educação de 20 estados brasileiros. Para o Dr. Ricardo Guimarães, um dos idealizadores do curso e do projeto, o objetivo é expandir o treinamento e beneficiar milhares de crianças com baixo desempenho escolar.

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